O diretor-geral Tedros Ghebreyesus pretende que em três
meses todas as pessoas de risco estejam protegidas.
AOrganização Mundial da Saúde (OMS) pretende que a
vacinação contra a covid-19 chegue a todos os países num prazo de pouco mais de
três meses, mas advertiu que a vacina "não é a solução para todos os
problemas".
Na habitual videoconferência de imprensa transmitida da
sede da OMS, em Genebra, o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que
quer "ver a vacinação a começar em todos os países nos próximos 100 dias
para que os profissionais de saúde e as pessoas em risco estejam protegidos em
primeiro lugar".
A este propósito, lembrou que a rede mundial Covax,
cogerida pela OMS, pretende "garantir a quem precisa" as vacinas para
a covid-19. De acordo com a OMS, 46 países, a maioria (38) desenvolvidos,
iniciaram as suas campanhas de vacinação contra a covid-19. A meta estabelecida
pela OMS para 2021 é vacinar 20% da população mundial, incluindo os habitantes
dos países mais pobres.
Portugal começou a sua campanha de vacinação em 27 de
dezembro com a inoculação de profissionais de saúde de hospitais.
O diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da
OMS, Michael Ryan, assinalou que a vacina, sendo "um grande avanço, não é
a solução para todos os problemas". "Temos de ser realistas",
afirmou, sublinhado que é preciso "continuar com as medidas básicas",
como o distanciamento físico, que, assinalou, diminuiu.
Segundo Michael Ryan, "as pessoas estão a aumentar os
seus contactos", o que tem levado à "aceleração rápida" de novas
infeções em todas as regiões do mundo. "O vírus está a explorar a nossa
fadiga", vincou, avisando, numa referência às novas variantes, mais
contagiosas, que o coronavírus da covid-19 "está mais adaptado", pelo
que é necessário "lutar de forma mais eficaz".
"Não estamos a conseguir romper as cadeias de
transmissão comunitária", referiu, por sua vez, o diretor-geral da OMS,
alertando para a "imensa pressão" sobre os hospitais e serviços de
saúde.
fonte: https://www.dn.pt/
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