Visto pela primeira vez em 2004, o corpo celeste acabou sendo batizado com o nome da figura mitológica egípcia que personifica o caos por causa do risco de colisão com a Terra, calculado inicialmente em 2,7%. Posteriormente, os cálculos foram refeitos e a possibilidade de impacto eliminada, considerando esta década.
Desde então, o “asteroide do fim do mundo” tem sido acompanhado de perto pelos cientistas, que pretendem observá-lo melhor e coletar dados importantes, aproveitando momentos de aproximação do objeto como o previsto para ocorrer em março.
Apesar de não se tratar de uma aproximação tão grande — ele passará a cerca de 150 milhões de km da Terra — isso é perto o suficiente para que os radiotelescópios façam o trabalho. O ponto negativo é que o mais poderoso sistema de radar planetário não poderá ser usado nesta tarefa, o do Observatório de Arecibo, colapsado em dezembro passado.
Preparação para 2029
Com essa aproximação do Apophis em março, os astrônomos usarão outros equipamentos para mapear a rocha espacial e obter informações essenciais sobre ela, diante da impossibilidade de contar com o histórico observatório porto-riquenho.
Os radiotelescópios são capazes de gerar uma imagem semelhante a um ultrassom do asteroide, podendo revelar a forma do objeto e até mesmo detectar a presença de pedras na superfície dele, dependendo das condições de observação. Eles também fornecem dados para um melhor rastreamento da órbita da rocha.
Os instrumentos do Complexo de Comunicações Espaciais Goldstone vão acompanhar a passagem do asteroide.Fonte: NASA/Divulgação |
As antenas do Complexo de Comunicações Espaciais Goldstone da NASA, na Califórnia, já estão preparadas para acompanhar este sobrevoo do asteroide, entre os dias 3 e 14 de março. O Telescópio Green Bank, na Virgínia Ocidental, também será utilizado durante o trabalho.
Risco de impacto?
As chances de impacto do Apophis com a Terra em 2029 estão descartadas no momento. Mas isso não significa que estamos livres dele, já que observações recentes sugeriram uma probabilidade de colisão em 2036, posteriormente modificada para 2068.
Viajando ao redor do Sol a cada 323,6 dias, ele tem sofrido alterações em sua trajetória causadas pelos raios solares, conforme aponta um estudo da Universidade do Havaí, publicado em outubro passado. Dessa forma, é necessário monitorá-lo constantemente para atualizar os cálculos.
O tamanho estimado dessa rocha espacial varia de 350 a 450 metros. Segundo Binzel, ele é 300 vezes mais massivo que o meteoro de Tunguska, evento ocorrido em 1908 na Sibéria, e 5 mil vezes mais massivo que o meteoro de Chelyabinsk, cuja explosão nos céus da Rússia, em 2013, causou estragos.
Diante do risco de colisão em algum momento, os astrônomos vigiam os próximos passos dele.
As chances de impacto do Apophis com a Terra em 2029 estão descartadas no momento. Mas isso não significa que estamos livres dele, já que observações recentes sugeriram uma probabilidade de colisão em 2036, posteriormente modificada para 2068.
Viajando ao redor do Sol a cada 323,6 dias, ele tem sofrido alterações em sua trajetória causadas pelos raios solares, conforme aponta um estudo da Universidade do Havaí, publicado em outubro passado. Dessa forma, é necessário monitorá-lo constantemente para atualizar os cálculos.
O tamanho estimado dessa rocha espacial varia de 350 a 450 metros. Segundo Binzel, ele é 300 vezes mais massivo que o meteoro de Tunguska, evento ocorrido em 1908 na Sibéria, e 5 mil vezes mais massivo que o meteoro de Chelyabinsk, cuja explosão nos céus da Rússia, em 2013, causou estragos.
Diante do risco de colisão em algum momento, os astrônomos vigiam os próximos passos dele.
Tecmundo
Guia Ponto Novo
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