O risco de agravamento da Covid-19 também é investigado. Conhecidas por siglas complicadas, as novas variantes de Sars-CoV-2 preocupam, dentre outros motivos, porque se replicam muito mais depressa do que os vírus que causaram a primeira onda da pandemia, em 2020. As variantes P1, P2 e B.1.1.7 têm as mutações E484K e N501Y. Elas não só facilitam o contágio quanto podem ajudar o coronavírus a escapar do sistema imunológico.
Tudo indica que a revelada agora em Minas Gerais tenha a mesma capacidade, pois dispõe de arsenal genético para tanto. Tem também outras novas mutações, que acenderam o sinal de alerto dos pesquisadores.
Cientistas já haviam alertado que numa transmissão sem controle como a do Brasil era provável que emergissem mais variantes do vírus, dando mais força à pandemia. É um ciclo vicioso. Quanto mais variantes, maior o risco de transmissão e também de que o vírus consiga escapar das vacinas.
A nova variante, que pode vir a ser chamada de P4, parece ter a mesma origem que a P1 e a P2, afirma a coordenador do estudo, Renato Santana, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A P3 emergiu nas Filipinas.
O coordenador do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Amílcar Tanuri, diz que a descoberta preocupa porque mutações da nova variante estão associadas a uma maior transmissão, o que renova a força da pandemia. Porém, ele diz que é cedo para saber se ela poderá ter impacto sobre a letalidade.
— Novas variantes estão surgindo porque o vírus está descontrolado no Brasil — frisa Tanuri.
oglobo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Todo conteúdo dos comentários é de responsabilidade de seus autores.
Não pretendemos limitar a sua expressão de ideias, contudo não use o espaço de comentários como palanque para proselitismo político, calunioso, ideológico, religioso, difamatório, para praticar ou difundir posturas racistas, xenófobas, propagar ódio ou atacar seus desafetos. caso aconteça poderá ser removido à discrição da gestão do site.