Para exemplificar, ele citou a crise entre 2014 e 2016, da qual o país levou um longo tempo para recuperar a força de trabalho. “O trabalhador pode levar 9 anos para recuperar emprego ou mesmo salário”, diz. “É uma preocupação muito grande no pós-pandemia”.
Veloso também chama a atenção para fenômeno da pandemia, que, segundo ele, foi diferente. “As estatísticas de desemprego têm que tomar cuidado para mensurar os danos do mercado de trabalho. Porque houve brasileiros que simplesmente deixaram de procurar emprego e vão ter dificuldade de retornar após a crise sanitária.
De acordo com o economista, mesmo com a retomada econômica, há consequências negativas: “À medida que a pessoa perde contato com a força de trabalho, se torna mais defasada em termos de conhecimento técnico e tecnológico.”
Fernando Veloso analisou que um estudo da secretaria do Ministério da Economia que apontou que os desempregados de longo prazo são, em sua maioria, mulheres e jovens, “não chega a ser surpreendente”. “Os grupos identificados têm maior dificuldade na inserção na força de trabalho e estão muito presentes no setor informal e na taxa de desemprego”, afirmou.
Ele explica que este é “um problema crônico”, em especial dos jovens, não só no Brasil, mas no mundo. No entanto, ele faz a ressalva de que os problemas não se resumem aos jovens e que as autoridades devem “pensar em políticas mais amplas de inclusão” de todos os grupos no mercado de trabalho.
Fonte: CNN Brasil
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