No dia 8 de março de 1853 os primeiros gritos foram dados por 129 operárias que morreram carbonizadas dentro da fábrica têxtil Triangle Shirtwaist Company em Nova York. O motivo real do "acidente" seria pelo fato de elas estarem exigindo melhorias trabalhistas (redução de carga horária, direito à igualdade no mercado de trabalho, salários igualitários), o que causaria um impacto internacional. Os primeiros passos para uma nova construção social foram dados, e aos olhos da sociedade burguesa erguida por homens ricos e autoritários os seus "negócios" estavam ameaçados. Os questionamentos levantados pelas mulheres e que rodeavam o corpo social eram pertinentes e causavam inquietudes ("mulher pode ganhar o mesmo valor que um homem?", "mulher pode ser médica?", "mulher pode ser engenheira?", "mulher pode estar na política?", "mulher pode ser uma CEO?") abriram as portas para a garantia de direitos e reconhecimento de classes que carregaram as suas nações nos ombros, mãos e braços; pagando preços altos, reivindicando lugares que deveriam pertencer a todos.
Há pouco tempo houve uma grande repercussão no qual um plano de saúde exigia que o parceiro permitisse a inserção de DIU na esposa. Para muitos não teria porquê lutar ou se revoltar por uma causa tão simples em meio a uma das maiores crises de todas as políticas públicas, mas para uma das classes que mais brigou por liberdade, ignorar tal fato seria sinônimo de retrocesso e invalidaria as leis civis que garantem igualdade para todos.
Valentina Vladimirovna Tereshkova é a primeira mulher a ir ao espaço, em 1963, aos 26 anos de idade. |
Elas estão em todas as partes, Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks, foi uma ativista negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Elas passaram pelo tempo escrevendo histórias que pertenceriam a milhares de mulheres como elas: cheias de talentos, corajosas e determinadas sobre tudo o que elas queriam ser. Atravessaram décadas como a Yoani María Sánchez Cordero, para nos dizer que mesmo que o tempo tente apagar os artigos que serão escritos pelas nossas mãos, ainda existirão meninas que se inspirem em cada um deles; e mesmo que a sociedade tente esconder as nossas forças dentro dela ou no espaço, a constelação resplandecerá a nossa existência.
Lutaremos! por cada espaço que já é nosso por direito e desbravaremos terras desconhecidas com a finalidade de proporcionar à próxima geração de mulheres, muito mais respeito e visibilidade sobre as suas conquistas. Porque lugar de mulher é onde ela quiser!
Guia Ponto Novo
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Gostei bastante do conteúdo do texto. Parabéns ao guia por ter a Tielen como colunista. Entretanto, não entendi a negação do feminismo no título, já que o conteúdo sequer contém as palavras "feminismo" ou "feministas". Do meu ponto de vista: feminismo sim. Necessário ainda apesar de tantos avanços que a luta das mulheres já proporcionou. No mais, parabéns. Postem mais conteúdos assim.
ResponderExcluirOlá! ótima colocação. Estamos introduzidos dentro de sociedades que infelizmente interpretam e dão resinificados opostos a esses dois termos colocados por você, para inúmeras pessoas o feminismo é encachado em vidas de mulheres que conseguiram fazer historia dentro de sistemas construídos por homens, dificultando totalmente as nossas vidas; careira profissional, pessoal, acadêmica enfim em diversas áreas. Ao falar sobre todos esses exemplos maravilhosos citados dentro do texto automaticamente as entrelinhas grita em auto e bom som essas duas palavrinhas ( feminismos e feminista ) para os leitores, dando a entender que a autora é feminista, o TEMA, é só foi uma expressão gritante em renegação a interpretação do leitor.
ResponderExcluirComo mulher, me renego aceitar alguns critérios colocados pelo feminismo, tenho ciência sobre o nosso papel sobre as sociedades, lutarei para garantir cada direito posto na constituição federal porem segurei compreendendo sobre a importância de compartilhar e ser livre de rótulos.
ResponderExcluirObrigada pela sua colocação, espero conversar com você mais vezes, fazendo minha ultima contribuição as minhas obras literárias são livres para qualquer interpretação, elas são produzidas para vocês.
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